[Resenha] O que há de estranho em mim - Gayle Forman

Oi oi gente, tudo bem com vocês?

A resenha de hoje é de uma das minhas divas literárias, Gayle Forman, e vem em um formato diferente, contando com a participação da querida Nina, do blog "Quem lê, sabe porquê".

Curiosos para saberem mais? Continue lendo! ;)

Camila: Rosa

Nina: Azul




Título: O que há de estranho em mim
Autora: Gayle Forman
Editora: Arqueiro
Páginas: 224
Ano: 2016

“Ao internar a filha numa clínica, o pai de Brit acredita que está ajudando a menina, mas a verdade é que o lugar só lhe faz mal. Aos 16 anos, ela se vê diante de um duvidoso método de terapia, que inclui xingar as outras jovens e dedurar as infrações alheias para ganhar a liberdade.
Sem saber em quem confiar e determinada a não cooperar com os conselheiros, Brit se isola. Mas não fica sozinha por muito tempo. Logo outras garotas se unem a ela na resistência àquele modo de vida hostil. V, Bebe, Martha e Cassie se tornam seu oásis em meio ao deserto de opressão.
Juntas, as cinco amigas vão em busca de uma forma de desafiar o sistema, mostrar ao mundo que não têm nada de desajustadas e dar fim ao suplício de viver numa instituição que as enlouquece. ”


Comentários


Gostei da experiência de ler o primeiro livro da Gayle, que foi publicado inicialmente há quase 10 anos. Para mim, ela continua tendo o mesmo brilho e leveza na escrita. Claro que com o passar do tempo ela amadureceu, mas não vejo nenhum ponto negativo nessa narrativa em comparação aos romances mais recentes. Comprei o livro assim que foi lançado sem nem saber do que se tratava. O simples fato de carregar o nome da Gayle como autora foi o suficiente para eu saber que precisava ler.

Apesar de ter sido lançado apenas esse ano no Brasil, O que há de estranho em mim é o primeiro livro de Gayle Forman, escrito em 2007. E como considero Gayle uma das melhores autoras da atualidade, estava louca para conhecer seu primeiro livro.



Enredo

Só soube mais do enredo quando peguei o livro pra ler. A verdade é que eu não sabia o que esperar e meu Deus, que sensação boa. Fui vivendo as emoções, os dramas e as aventuras juntamente com a Brit, torcendo sempre para que ela e sua “gangue” se dessem bem e burlassem o sistema.
O livro se passa em um ambiente diferente do que estamos habituados a ler, e diferente da nossa realidade. Em momento algum isso atrapalhou na leitura, na verdade acabou sendo uma desculpa a mais para pegar o livro e não parar mais. 
Além da vida dentro da Red Rock, no decorrer da narrativa vamos obtendo mais e mais informações sobre a vida de Brit, que se mostra uma garota adorável, forte e muito guerreira, visto que já passou por momentos ruins no passado.


Quando li a sinopse do livro achei tãããão forçado! Parece um enredo de novela das oito isso de ser internada à força numa clínica psiquiátrica que se passa por escola, mas duas coisas me fizeram mudar de opinião. Primeiro a Milla me chamou a atenção para o fato de que no Brasil não temos o hábito de colégios internos e por isso a minha estranheza. Segundo foi ler a nota da autora no final do livro e, como aconteceu com Eu estive aqui, as informações que haviam ali mexeram comigo. Antes de ser autora, Gayle Forman foi jornalista e escreveu um artigo sobre o assunto denunciando esse tipo de instituição, lugares onde pais deixam seus filhos acreditando ser o melhor para eles, ou para não terem que lidar com o problema, mas que acabam sendo verdadeiros centros de tortura. E o pior é pensar que alguns jovens realmente precisam de ajuda, como é o caso da V.
Apesar da história toda se passar dentro da Red Rock, o desenvolvimento do enredo é bem dinâmico, já que tem vários flashbacks em que Brit fala de sua mãe e de sua vida antes dela ficar doente, do relacionamento difícil com o pai e a madrasta e da sua banda, a Clod. E principalmente, ela fala de Jed, o guitarrista gato da banda. No presente, Brit vai fortalecendo seus laços com as suas amigas e juntas elas formam as “Irmãs Insanas” e vão tentar encontrar uma saída para o inferno que vivem.


Narrativa e Personagens

Com uma narrativa dinâmica, personagens bem construídos e elementos surpresas, Gayle tornou o mundo de Brit completamente instigante aos meus olhos.
Assim como boa parte dos adolescentes, Brit gosta de se expressar à sua maneira, pintando os cabelos, tocando uma banda de rock e sendo feliz. Ser internada em um colégio interno nunca passou por sua cabeça e é nesse momento que realmente a conhecemos. Ela se mostra mais forte do que aparenta e mais sensata do que muitos julgariam.
Gostei da evolução da história e dos personagens que fazer parte do mundo de Brit, mas em alguns pontos ficou o gostinho de quero mais. Compreendo que a relação com Jed não poderia ser muito explorada, mas que eu adoraria saber mais dele, isso é fato!

“- Sim, o muro está pronto – confirmou V. – E agora a gente vai derrubá-lo outra vez.
- Esse muro serve para nos ensinar que a vida não tem sentido, minhas queridas – emendou Bebe. – Essa é a lógica da Red Rock.” (p.27)


Gayle é mestra em criar personagens cativantes, e seu primeiro livro não foi diferente. Brit é encantadora: inteligente, bem-humorada e sabe lidar com suas dores. Com seu cabelo colorido e tatuagens, ela é sensata e não bebe, não fuma e nunca teve um namorado. É até difícil entender os motivos que levaram o pai a interná-la, mas quando eles ficam claros o melhor a se fazer é pegar a caixa de lenços porque a partir daí você não para mais de chorar.
As outras meninas também são muito interessantes e bem construídas, especialmente V. Eu só senti falta de sabe um pouco mais sobre Jed e o romance entre ele e Brit.

“E tudo isso por quê? Porque ela era uma garota que um dia tinha diso magrinha e depois teve a ousadia de engordar? O que cada uma de nós havia feito para estar ali? Cassie gostava de meninas mais do que achavam que deveria. Bebe gostava de meninos mais do que deveria. V pensava na morte mais do que deveria. E eu? Por que é que estava ali? Porque era mais parecida com minha mãe do que deveria? Porque assustava meu pai mais do que deveria? ” ( p.157)

Concluindo

Não há muito mais o que falar, quem me acompanha no blog sabe do meu amor por essa autora fantástica, que em minha opinião, é uma das melhores da atualidade. Recomendo o livro para todos que gostam de algo diferente, com um “que” de aventura e drama. Mais um livro sensacional.

Mais uma vez, Gayle Forman nos entrega um livro incrível, cheio de reflexões e muito emocionante. Se você já é fã da autora, com certeza vai amar O que há de estranho em mim. Se ainda não é, está aqui uma excelente oportunidade para conhecer essa autora ma-ra-vi-lho-sa!




Bom gente, como não poderia deixar de ser, dei 5 borboletinhas, e recomendo como música tema Russian Roullet, da Rihanna.
Beijos!


Postar um comentário

4 Comentários

  1. Oiii, tudo bem?
    Eu tenho tanta curiosidade em realizar a leitura deste livro, eu vi que usou bastante daqueles marcadores que não sei o nome kkkkkkkkkkkkkk eu uso também, então quer dizer que teve partes legais.
    Beijão

    ResponderExcluir
  2. Livro tudo de bom. Amo demais!!
    Parabéns pela resenha.
    Beijos.

    www.meumundosecreto.com.br

    ResponderExcluir
  3. Milla, adorei essa sua ideia e da Nina de fazerem leituras do mesmo livro e depois postar as impressões de vocês, está super bacana.
    Ainda não li nada da Gayle e esse livro me deixou bem curiosa.
    Espero ter a oportunidade em breve. ^^

    Lisossomos

    ResponderExcluir
  4. Oi, esse livro está fazendo um verdadeiro sucesso entre as blogueiras. Muitas resenhas venho acompanhando ultimamente, o que aumenta ainda mais minha curiosidade sobre a mesma. Adoro essa forma de resenha em conjunto.

    Beijokas da Quel
    http://literaleitura2013.blogspot.com.br

    ResponderExcluir

Seja bem vindo!
Muito obrigada pelo seu comentário, sua visita é muito importante para o Paraíso!!
Volte sempre