[Resenha] Asiáticos podres de ricos #1 - Kevin Kwan

Asiáticos podres de ricos - Livro 01 || Crazy Richs Asians #01 ||  Chick-Lit , Romance || Kevin Kwan || 490 || 2018 || Record 

Sinopse:
Best-seller internacional que inspirou uma das mais aguardadas adaptações cinematográficas do ano.
Quando Rachel Chu chega à Cingapura com o namorado, o charmoso Nicholas Young, para acompanhá-lo ao casamento de seu melhor amigo, imaginava passar dias tranquilos com uma simpática família, longos passeios de carro explorando a ilha e bastante tempo ao lado do homem com quem um dia talvez fosse se casar. Só que Nick não mencionou alguns detalhes... Como o fato de sua família ter muito, muito dinheiro, que ela iria viajar mais em jatinhos particulares do que de carro e que caminhar de mãos dadas com um dos solteiros mais ricos da Ásia era como ter um alvo nas costas.

Em pouco tempo, Rachel se vê transportada para um episódio de Gossip Girl, só que na Ásia e com pessoas podres de ricas, que não vão poupar a simples professora universitária das fofocas e intrigas. Isso sem falar na mãe de Nick, uma mulher com opiniões bem fortes sobre com quem seu filho deve – ou não – se casar.
Um passeio pelos cenários mais exclusivos do Extremo Oriente – das luxuosas coberturas de Xangai às ilhas particulares do mar da China Meridional –, Asiáticos podres de ricos é uma visão do jet set oriental por dentro. Com seu olhar satírico, suas cenas memoráveis e seus vários momentos hiperultrafashion, Kevin Kwan traça um retrato engraçadíssimo do conflito entre os novos-ricos e as famílias tradicionais em seu romance de estreia, que já fez milhares de leitores chorarem de tanto rir no mundo todo.


Rachel Yong é uma asiática que foi criada nos EUA por uma mãe solteira e que tem muito orgulho de suas origens. Bem instruída, ela não está a procura de um relacionamento, principalmente com algum outro asiático (já que eles possuem a tendência de analisar todo o histórico familiar da possível parceira, assim como seus atributos físicos e conquistas acadêmicas. Creeedo). Até que ela conhece o inteligente e charmoso Nick, que assim como ela, também é um professor universitário e apesar de ser asiático, (Pasmem!!) também não se preocupa com linhagem nem nada do gênero.

Depois de algum tempo morando juntos, Nick recebe o convite para ser padrinho de casamento de seu melhor amigo. A cerimônia se dará em Cingapura, local onde a família dele também reside, então ele convida Rachel para acompanhá-lo, e os dois aproveitariam a viagem para apresentá-la à família.

Mas o boy só “esqueceu” de informar para Rachel que ele não é apenas rico ou faz parte da elite asiática. Ele é descendente da realeza, e sua família é tão rica e influente que a maioria das pessoas faz de tudo para se aproximar deles. Ênfase no TUDO.

No meio de intrigas, fofocas e sabotagens, será que o relacionamento de Rachel e Nicholas sobreviverá ao luxuoso mundo desses asiáticos podres de ricos?

Gente, que livro cheio de gente louca!!!! Fiquei morrendo de pena da Rachel, sério. Achei uma tremenda sacanagem do Nick simplesmente levar a namorada pra esse meio sem explicar QUEM ele era. E quando eles chegam em Cingapura, é tudo pura ostentação: carros com chofer, restaurantes da elite, hotéis 5 estrelas, jatos privados e muito luxo em todo lugar.

O livro é narrado por vários pontos de vista (tem MUITA gente narrando!!), e fica evidente para o leitor que a família do Nick nem tem vontade de conhecer a Rachel, eles já investigaram toda a vida dela e decidiram que ela não é boa o suficiente. Para a família dele e para a elite da sociedade de Cingapura, ela é uma ninguém, uma caçadora de fortunas, que está tentando tomar um dos melhores partidos da Ásia. E eles farão de tudo para evitar que isso aconteça.

Eleanor, mãe do Nick, faz jus às rainhas malvadas dos filmes da Disney e a avó dele não fica muita atrás no quesito rainha má. Ela parece que é uma senhora super querida, mas monta várias situações para que fique evidente a Rachel, que ela não pertence àquele mundo.


Para Eleanor, cada pessoa ocupava uma posição específica no universo social construído de forma elaborada em sua mente. Tal como a maioria das mulheres de seu meio, (...)


Como eu disse anteriormente, o livro é narrado por várias pessoas e outra história que acho interessante comentar é a da Astrid, prima do Nicholas. Ela se casou com alguém de posição social inferior, mas ao contrário da família do Nicholas, a sua até que ficou satisfeita com a sua escolha de parceiro (ela poderia ter feito pior). Ele é inteligente, lindo, ex-militar e agora é dono de uma empresa de tecnologia. Eles estão casados a 5 anos, possuem um filhinho e aparentemente tem uma vida perfeita. Aparentemente. Astrid suspeita que seu marido perfeito esteja tendo um caso.

Repito: essas famílias asiáticas são muito loucas!!!! Antes de casar, a Astrid tinha um namorado da sua mesma classe, mas a família dela fez de tudo pra separar os dois, pois o menino aparentemente não tinha uma linhagem boa o suficiente. Opa, mas por que aceitaram o outro homem mais pobre? Porque a família dela aterrorizou o cara, basicamente mandava e desmandava no coitado. Aí 5 anos depois ele começa a surtar.

Quando o livro foi lançado eu fiquei super ansiosa pra ler (sou viciada em doramas, então achei que seria parecido), mas tenho que dizer que a obra é um tanto cansativa. A sinopse nos leva a crer que a história é da Rachel e do Nicholas, mas sério, mais da metade do livro é narrado por outras pessoas, e às vezes essas cenas nem contribuem para a história de modo geral (tipo o capítulo do primo dando piti por causa da roupa).

Um ponto que me irritou profundamente foi a inércia do Nick, ele é muito bobinho e acha que tá tudo bem, que todos estão gostando da Rachel, quando na verdade estão fazendo um tremendo bullying com a mulher.

Outro ponto negativo é o excesso de descrições. Tudo é descrito nos mínimos detalhes. Ok, sei que o autor quis nos ambientar bem nesse mundo de riqueza e exageros, mas tudo tem um limite. São páginas e páginas de descrições, inclusive de comidas, às vezes parecia um livro de receitas.

Como ponto positivo: a edição disponibiliza uma árvore genealógica para auxiliar na identificação de parentesco entre os infinitos personagens que aparecem no decorrer da história, possuindo também notas de rodapé, que ajudam e muito na compreensão de vários termos utilizados durante a narrativa.

Como livro, acho que não funcionou muito bem. Aconteceram tantas coisas ao mesmo tempo, que acabei não me conectando muito com nenhuma das histórias apresentadas, sendo que o ritmo narrativo é “quebrado” diversas vezes pelos excessos de descrições.
Como informado na capa do livro, o romance foi adaptado para o cinema (no Brasil possui previsão de lançamento para Novembro/2018) e acho que se tiveram um bom orçamento, além de um bom elenco, a história pode sim funcionar melhor nas telas.



Aaah, mas é tão ruim assim? Não, a história tem potencial e provavelmente lerei as continuações (principalmente pra saber o que acontece com a Astrid). Mas não é uma obra que eu vá reler.


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