[Resenha] Para Poder Viver - Yeonmi Park

Título: Para Poder Viver - A Jornada de uma garota norte - coreana para a liberdade.
Autora: Yeonmi Park
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 328
Ano: 2016 

Sinopse:

Em narrativa memorável, uma jovem norte-coreana conta como escapou de uma das mais sanguinárias ditaduras do planeta.
Yeonmi Park não sonhava com a liberdade quando abandonou a Coreia do Norte. Mas sabia que fugir era a única maneira de sobreviver à fome, às doenças e ao governo repressor. Este livro é a história da luta de Park pela vida. O leitor acompanha sua infância no país mais sombrio do mundo. Em seguida, testemunha sua fuga, aos treze anos, pelo submundo chinês de traficantes e contrabandistas. Emociona-se com seu périplo pela China através do deserto de Gobi até a Mongólia, guiada pelas estrelas, em direção à Coreia do Sul. Vibra com seu papel como ativista pelos direitos humanos. Antes dos 21 anos, Yeonmi acumulou experiência suficiente para encantar todas as gerações de leitores neste livro memorável. 


Olá Pessoas!!

Hoje vamos de autobiografia, conheci esse livro no evento da Companhia das Letras para livreiros, a obra nos foi apresentada através de um vídeo onde Yeonmi esta dando seu depoimento para a ONU, foram apenas alguns segundos, mas me senti tocada o suficiente para saber que queria esse livro.


Depois disso aproveitei meu cargo de resenhista do Blog Quem lê, Sabe Porquê para solicitar a obra, e agora trago minhas impressões para vocês...


“Sei que é possível perder parte de sua humanidade para sobreviver. Mas também sei que a centelha da dignidade humana nunca se extingue por completo e que, se lhe forem dados o oxigênio da liberdade e o poder do amor, poderá voltar a crescer.”

 O livro é narrado em primeira pessoa, e dividido em três partes que representam a rota de fuga e os lugares por onde a jovem passou para enfim achar sua liberdade. Começamos a história com Yeonmi nos mostrando um pouco da sua infância quando a Coreia do Norte ainda era calma e habitável aos parâmetros deles, que já viviam lá.

Depois de iniciada a guerra, o situação começa a ficar bem dificil e os coreanos começam a passar por situações lamentáveis, e é nesse cenário que nossa autora cresceu e viveu por um bom tempo da sua infância, até fugir com sua mãe para a China, mas até isso acontecer, a história é bem longa.

A história de Yeonmi é uma linda lição de vida, ainda jovem, com 13 anos ela foi obrigada a deixar sua terra natal para tentar sobreviver, existia duas opções que levavam quase ao mesmo fim, morrer de fome na Coreia ou morrer tentando fugir, e ela optou pela esperança. Assistiu sua mãe ser estuprada para protegê-la, abandonou o pai, perdeu a irmã, se entregou a um contrabandista na esperança de poder reunir sua família, fugiu inúmeras vezes, em busca de um lugar melhor.



“(...) Eu tinha perdido minha família. Eu não era amada, não era livre e não estava segura. Estava viva, mas tudo que fazia a vida valer a pena estava perdido.”

Para quem não gosta da realidade esse não é bom livro, é preciso ter estômago e força para se manter firme dos tapas na cara que essa história lhe dará, com uma narrativa confortável e tocante Yeonmi nos guiará em sua rota de fuga, e nos mostrará que nada é o que parece, e que enquanto fechamos nossos olhos para os problemas alheios, pessoas morrem sem motivo.

Não existem palavras certas que descrevam essa narrativa, sendo assim, me contento em apresentar para vocês parte do que vivenciei com essa leitura. E me alegro em dizer que descobri há pouco tempo, que essa jovem que marcou minha vida com suas palavras estará na Bienal de São Paulo, e claro, passarei o dia na fila esperando para dar nela o abraço que ficou preso desde que assisti o vídeo pela primeira vez. 

A história de Yeonmi é uma lição não só de vida, mas de amor, esperança e garra, mesmo sofrendo tudo o que sofreu, ela achou forças no amor para se manter de pé pela família, na esperança de ter sua liberdade e enfim poder viver em paz.

A revisão da obra esta muito bacana, mas confesso que me senti incomodada com a impressão, o livro é menor que o padrão, e por conter mais de 300 páginas, ele acaba ficando apertado e incomodando um pouco a leitura já que fica difícil manter ele aberto, mas ainda sim a leitura é incrível demais para ser parada só por isso.

Impossibilitada de falar mais, não só pela emoção, mas por não saber como colocar meus sentimentos em palavras, deixo para vocês o vídeo que me despertou o desejo da leitura.


“(...) todos temos nossos próprios desertos. Podem não ser iguais ao meu deserto, mas sempre teremos de atravessá-los para encontrar um propósito na vida e para sermos livres."


 




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2 Comentários

  1. Olá... tudo bem??
    Nossa... lendo sua resenha não imaginava a dimensão do que a moça havia passado... só tive um pouco dessa extensão assistindo o vídeo... não curto ler livros autobiográficos... mas esse vídeo mexeu comigo e não tem como ser indiferente diante da voz e do rosto dessa mulher falando o que passou para estar naquele momento ali... sua resenha ficou carregada de sentimentos e mostrou exatamente o que você sentiu... xero!

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    Respostas
    1. Oi Diana!
      Biografias também não são minha praia, mas assim como você, não tive como me manter inabalada depois de ver o video dela, foi mais forte que eu... quando terminei a leitura fiquei sem rumo, não sabia como falar sobre o livro, fico feliz por ter conseguido colocar um pouco do meu sentimento ao ponto de você conseguir captar.

      Beijokas

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